Obscena epifânia

Maldito!

O anjo nú

e moreno

como

tantos

outros

tantos

que me atravessou

do peito

às tripas,

que consumiu

o berro

e a garganta

em chamas

lânguidas,

fogo-fátuo

dos mágicos,

picaretas

e contrabandistas escuros

munidos de flores

outras

nauseantes

do cheiro

doce

dos condenados,

esquálidos

nas esquinas

desertas,

ocas

e áridas

das

tuas asas

imensas,

serafim negro,

breu noturno,

espada na noite.

Vini Miranda
Enviado por Vini Miranda em 08/09/2016
Código do texto: T5754965
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