A PLANTA CARNÍVORA

Eu que devoro você

Até que pareço sensível no começo

Mas no fundo mais e mais me esqueço

Como fui parar aí

Para que existo neste mundo?

Por qual motivo vivo matando você

Eu nasci para isso e viverei disto

Na mesa indisposta com um vazio profundo

Para uma planta carnívora

Até que sou bonita, e é aí que sou ativa

Derretendo os sonhos alados que voam mais alto que eu

Os tolos se enganam comigo

Todo dia, um dia a menos

Sobre a mesa ou ao relento

Destruindo as moscas que povoam nossos pensamentos

Um dia mais um dia menos

Rosa de Almeida
Enviado por Rosa de Almeida em 29/08/2016
Código do texto: T5743172
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