ESCONDERIJO
ESCONDERIJO
de dentro do meu esconderijo
teço teias de vida e de morte
engana-se quem pensa que me conhece
das minhas palavras
que não são fúteis
intuo o que de vivo há em mim
e se às vezes me calo
a dor é tão funda
que o grito ensurdece a minha voz
mas, sozinha me recomponho
e volto a cantar o canto de luz
que talvez nem seduza...
a poesia me guia, entretanto
e a cada verso que entoo
redescubro a esperança