O rio
foge célere , a serpente,
do pesquisante
olhar,
contorcendo
burburinho,
até
esconder-se
no mar
bem lá no fundo
do centro
dos sentidos
tensos
chamusca
a pergunta
queimando lenta
como a seca ponta
de
um pavio
- faço parte de tudo
ou tudo parte
de mim
?
apago
as margens
se apago
o fio
*|*poesia; minha palavra preferida*|*