Alma de minh’alma
POEMA TRANSCENDENTAL


Alma de minh’alma , gêmea da beleza,
Em mim,não faz morada,apenas visita...
A brisa d’outono ecoa canção bendita,
Levando pétala ,do rio na correnteza.

Alma de minh’alma que versos declina,
Não despreza nem o canto de passarinho,
Onde secreto poema ,ainda que sem rima ,
Fala do encontro do encanto no caminho.

Deveras,ela habita onde exista ventura,
Em vertiginosa altura,no infinito cerne ,
Facho de cristalina luz em treva escura,
Nela,nada em mim se aniquila ou perde!

Ouço,n’alma de minh’alma ,astro distante,
Que morre,aos poucos,em cada novo poente,
Da eterna Madre,este sussurro ,novamente...
Ah!Neste sentir,verto pranto neste instante!