SALTANDO OS MUROS DO MUNDO

Saltando os muros do mundo Solto, o soldado sem soldo, um pouco ensosso, aquele moço, não sabia por onde poderia saltar.

Seus pés, não tinham saltos, pois por ora inchados, após a todos assaltos, não saberia como se ressaltar.

Sem saber ao certo o que seria o incerto, de todo penso, pensou... O que eu faço se meu passo, agora fora do compasso, desaprendera o mais simples passo de ir em frente passar.

Ardor, a dor que arde dentro sem saber, por pensar que sabia a semente, de algo que não sabe dizer o que sente.

Como comover, como ver o que não se faz presente?

O trabalho persistente, o labor é o que se mais faz urgente para se auto-medicar.

Saltar os muros do mundo solto, envolto de si mesmo, envolve-se e se volta pra dentro daquilo que se quisera ser.

Pra não se ver em cima do muro morto, morre-se todos os dias depois de se soltar na linha do seu próprio corpo torto.

Mas ora ora, pois pois, sabe-se muito bem que sempre há um outro trem,mesmo que por acaso haja outrem que nos queiram convencer que existam muros que não se possa transpassar.

Nesse caso, dispensemos o acaso e pensemos na cicatriz, nem que seja por um triz.

E haja a fisioterapia, para quem sabe um dia, não se ter mais murmúrios em corpos insanos à se santificar.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)

260716