Pequeno canto para me despertar

Abandonei as vestes.

Não sei se me conheces mais.

Talvez eu tenha chegado em algum lugar

sem perceber Teu olhar e Tua Luz.

Meu pequeno reino perdido reduziu-se

a contornos de lágrimas,

a rosas exauridas,

mas agora há um pão que ilumina toda a casa.

Também há um inverno que não me envergonha,

uma pequena margem de fé que contorna

o templo dos sonhos.

Dizem-me, és a Estrela que sustenta,

a que levanta os desesperados,

a que conhece todas as manjedouras,

onde os adultos choram e lhes infunde

a restauração da infância.

Deixa então que eu Te diga,

que andei a cantar minhas pequenas misérias

como aquela que se feriu de estrelas

e viveu como os ocasos.

Mas que espera em Ti,

agora e sempre,

despertar com Teu manto Azul

sobre o rosto

de um novo amanhã.