Vida

Dá-me sempre, ó vida

esse coração alvorescente

alento de flor

gestando a semente,

olhos em epifania

na alma todos os dias...

Caminho de peregrino

que faz das estrelas o seu destino

e que transpõe, com seu cajado,

as sombras da dor.

Dá-me sempre, ó vida

teu rocio ao amanhecer,

em pétalas de claridade

a ungir de amor e poesia

as mãos.

A melodia interior dos ocasos

como pássaros nas ramagens

adormecendo

no colo dos ventos

entre a luz e a canção

da divina paisagem...

E nas noites, estrelas vivas

luzes na imensidão

que aos céus ascendem

do próprio coração.

(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 16/07/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T567746
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