Prelúdio
nos quilométricos átrios,
cânticos angélicos
entoavam o bocejo
onírico do sono
atordoada no alvor claro
de seu hipnotismo fausto
afundei na vibração dos passos
e quando eu tivesse perdido
esperança e força
veio a calma profunda
na brisa verde
da floresta dos ciprestes
e quando eu tivesse cansado
de arrastar as pernas,
veio o vigor da cura
num floral campestre
e pelo empirismo holográfico
da matéria, convenci-me
em sua presença inominável,
e intensa
atravessei pontes celestes
e ascendi sua biblioteca,
abarrotada de ricas prateleiras
regalando a magia secreta
de todas as esferas...
(Parte I)