Lucidez

O amor que ora desperta,

É aquele que sana a dor do poeta.

É o amor que solta, liberta.

Não espera, não grita. Está alerta.

O amor que ora desponta,

É aquele que olha para o outro e se dá conta

Do controle que não remonta,

Não prende, não cola. Só desaponta.

O amor que ora se apresenta,

É fruto de uma mente mais lúcida,

Não há amarras, não há métrica, nem simetria.

É fluido porque tem a natureza da impermanência.

É grandioso, mais abrangente, paciente e silente.

Claudia Machado

04/06/2016

Cláudia Machado
Enviado por Cláudia Machado em 04/06/2016
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