Sou
Sou punhado de células vorazes
Que se reproduziram em eternidade
Projetadas na mão da ímpia realidade
E a escrever e me perder nas frases.
Sou comprido e comprimido
A loucura de estar sempre reprimido
Entre duas ruas: o bem estar e o ego
Entre as luas que prego e me renego.
Sou a falange mais insana do cosmos
Uma fatalidade que virará fatalidade
Sem finalidade definida e concreta.
Sou uma paralaxe de outros mesmos
Um plural dentro de erma simplicidade
Qual distância do funeral é uma reta.