Sou

Sou punhado de células vorazes

Que se reproduziram em eternidade

Projetadas na mão da ímpia realidade

E a escrever e me perder nas frases.

Sou comprido e comprimido

A loucura de estar sempre reprimido

Entre duas ruas: o bem estar e o ego

Entre as luas que prego e me renego.

Sou a falange mais insana do cosmos

Uma fatalidade que virará fatalidade

Sem finalidade definida e concreta.

Sou uma paralaxe de outros mesmos

Um plural dentro de erma simplicidade

Qual distância do funeral é uma reta.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 31/05/2016
Código do texto: T5652377
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