POEMA SEM DESTINATÁRIO
Meu teto são as estrelas
o sol é meu chapéu
de Asa Branca a Guantanamera
de Chico César a Ravel.
Uma bomba, um lamento
guardado em meu armário
um poema a propagar-se
sem título, sem cabeçalho
tinta inviolável a esmo
sem endereço
sem destinatário.