Em surdina
Levas por sobre os montes,
rosas azuis que nos rocios
espargem perfumes de arcanjos
sobre pátios vazios.
São pérolas nos silêncios...
Não oprimem o coração.
Clarão em noite intensa.
Fonte cantando nas mãos.
Não há o que temer dos limites.
A esperança é sempre livre.
Voa... dorme... vive
como pássaro no beiral.
É anjo sem pousada,
guiando o peregrino na estrada
até o nascer do sol.
(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)