Em surdina

Levas por sobre os montes,

rosas azuis que nos rocios

espargem perfumes de arcanjos

sobre pátios vazios.

São pérolas nos silêncios...

Não oprimem o coração.

Clarão em noite intensa.

Fonte cantando nas mãos.

Não há o que temer dos limites.

A esperança é sempre livre.

Voa... dorme... vive

como pássaro no beiral.

É anjo sem pousada,

guiando o peregrino na estrada

até o nascer do sol.

(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 12/07/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T562616
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