abriu-se a manhã
com sonhos fincadosno ânima em carne,
e olhos lacrimejaram
com os fluidos exorcizados pelo fogo que, sem nó,
amarrava o corpo em gozos insaciáveis.
azulou-se o dia...
os avessos dos céus se tornaram todo o céu,
grilhões sustentaram um voo até ao infinito
ainda que uivos de sombras rodeassem
o esplendor da Hora,
pois, em cada estrondo de asas,
um voo se distanciava do pássaro líquido
preso a um lago.