Ao passado ou aos mortos
No domingo de manhã,
Ela se levanta guiada pela luz
Seu coração acorda desorientado
A vida então desabrocha
Em seu jardim abandonado.
Ela voltou à vida
Mas perdeu seu coração
O sopro na flauta
Revela o momento
Do abandono de seu coração
Ao esquecimento.
O toque gelado de seus dedos
Deixa a duvidar
Seu pertencimento por onde passara
Sem votos para cantar.
Não é aquela quem sempre foi
Se sente aflita
Por um dia ter sido esquecida
Por quem algum dia amou sua vida
Mas preferiu vê-la caída
Em razão de sua vontade proibida.
Aos que ainda dormem,
Continuem a dormir.
Não pague a viagem de vinda
Pra depois querer partir.