Canais sinápticos

Do lado áspero do chão

Humilde, vejo, o andar

A pino do Sol solitário,

E também brilharão

Raios de uma vida lunar,

Disciplinar operário!

Os motores roucos da história

Apinharam papéis e mentes

De mitos, sonhos e velas

Já não muito acesas na memória

De modernidades doentes

De eus, tus, eles e elas!

Falsos profetas, midiáticos,

Inflamam o peito de cabeças

Alicerçadas sobre areia

E, quiçá, patrióticos

Nas janelas inbox e na veia

De simbolos de valores!

Assisto a esse show de horrores

Nostalgicamente hipocondríaco,

Sedado à morfina do tempo

Entre plebeus e senhores

Viajo na sinapse, épico,

Relembrando a chuva e o campo

Em casamento truncado

Entre intempéries de modernas

Sinapses maníacas e caos

Comunicativo de reinado

Fóssil, fissurante Atenas!

Imperialísticos céus,

Vou ficando isolado

Nas resmas de papéis

Empilhados sobre vontades

Degustando canais

sinápticos de banalidades!

(NJSM, 12 de março de 2016)

Dr Niedson Medeiros
Enviado por Dr Niedson Medeiros em 12/03/2016
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