Canto encanto

A tarde dorme lentamente.

Ouço o vento nas encostas.

Um som de flauta nas montanhas,

perpassa-me uma força estranha.

E já sou um pastor sem medo de ir,

e sem medo da volta.

E esse canto

atravessa a palavra e a carne,

e torna-se visível

como a primeira estrela

que nasce

no adormecer da tarde.

E é como o som do regato

por onde a pequena folha vai.

Na alquimia do inverno

à luz do que é Eterno

todo canto leva à chegada,

e todo encanto, à paz.

(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 08/07/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T556986
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