UM PINGO
Um pingo cai na parede
E caia a casa toda
Já foi antiga moda
Hoje, relembrar hei de
O pingo que caiu tingiu
A casa por dentro e por fora
Quem será que nela mora?
O seu dono já partiu
O pingo desceu na face
Obscura do fulcro pensar
E caiando não pode parar
Segue pintando até o disfarce
Colocado à frente do sorriso
Em lágrima ele se reforma
E em dádiva ele se transforma
Chorar também é preciso.
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Salvador-BA, 03/03/2016.