Deusa, Mulher, Guerreira, Poetisa...
Não sou aquela que faz coisas mirabolantes
Mas meus desejos são incessantes
Gênio da lâmpada, saia em forma de vapores
Traga-me todos os seus esplendores
Saibam, ilustríssimos senhores,
Que uma mulher guerreira tem admiradores
Toda deusa tem seus adoradores
Ela tem na palma da mão todos os seus amores
Como cigana eu andei pelas aldeias, toquei tambores
Fiz o fogo para espantar as dores
E tudo que me enfeitava tinha flores
Volta e meia eu repenso os meus temores
Eu, mística guerreira
Acendi a chama da fogueira
E elevei aos céus os meus louvores
Em meus pés, o clamor dos ardores
Vi homens fortes e detentores
De grande fama e de licores
Arde na mão dos escritores
A flama dos sonhadores
Vi luzindo os versos libertadores
Tenho um livro mágico de cores
Escrevi aos galanteadores
De alguns não quis os seus favores
Li os corações dos homens elegantes
Vi seus gestos arrogantes
Mesmo com palavras confortantes
Não me enganaram com palavras delirantes
Sou guerreia, de sangue forte na veia
Não é qualquer luz que me encandeia
Porém a luz permeia meu semblante
Sou perseverante e vejo luz mais adiante
Meu nome não conhece qualquer errante
Meu coração é dado com olhar radiante
Minha história nunca se ouviu antes
Mas minha alma está nos versos dos amantes