Oração aos Mortos*
*Escrevi em homenagem a um livro de poesias galegas que li recentemente, traduzido por FABIO ARISTIMUNHO VARGAS.
Eis que a morte aparece
Sê pra novos e velhinhos
Não sabe a hora da prece
Mas reza-se pelos anjinhos.
Eis que a morte assim leva
Pra distância indesejável
Se para o céu ou para treva
Não é algo questionável.
Eis que a morte nos priva
Da presença do ente amado
Ante a vida que foi a deriva
Temos memória do passado.
Eis que a morte é mistério
Não se responde a questão
Não há resposta do critério
Que a alma sinta iluminação.