Sou meu próprio monstro

Estou no meio de uma tempestade,

em alto mar, em alto mar.

A queda anseia o meu corpo pesado.

Como lhe olhar com os olhos,

necessários?

E só desta vez, deixe a noite vir sobre você,

e você verá que no mais intimo de todos nós,

nos sentimos sozinhos.

Eu irei voltar os meus olhos,

sim, mas se você me disser,

que um dia eu serei realmente feliz na minha vida.

Então deite na sua cama fria,

tentando não sentir o passado,

lhe furar, lhe furar.

A mente em pedaços.

E em um surto de estranheidade,

em um surto de mortandade.

Que no teu seio assim tão doente.

Eu verei o meu pesar.

Eu quero tentar ser eu mesmo,

sim, mas se você disser,

que um dia eu serei feliz,

mesmo sem você.

Sou meu próprio monstro,

as fagulhas anunciam o fogo,

assim como a nuvens,

anunciam o trovão.

Eu sou meu próprio monstro,

correndo por teu brado,

a resposta ainda não pertinente.

De que se ainda tenho a honra,

pra nunca estar ausente.