Flâmula da Paz

Se houvesse uma flâmula para defender,

Ela talvez não tivesse sugestões laterais,

No meu surrealismo, seria além do poder,

Banalizaria o óbvio e teria próprios ideais.

Se fosse fácil, iguais realmente seriam irmãos,

Como há urgência em manter distâncias,

Sociedade e vontade comum não seriam senões,

Talvez seja loucuras de quem se diz humano.

Dê-me razão para acreditar em esperança,

Talvez eu consiga acreditar em orgulho,

E provavelmente eu ignore o amor próprio,

A defesa dum povo está além da temperança.

Dê-me mais do que fogo para ser liberto,

Estou muito além da apostasia e da catarse,

Tenho a ciência de que se devo envelhecer,

Que apenas meu corpo sinta peso do tempo.

Não haverá felicidade nem fora nem dentro,

Se em mim houver amarras e ataduras,

Pois se tiver de escolher algo para ser meu centro,

Meu chão se comoverá de infiltrações e rachaduras.

No final do dia, eu tentarei ser forte e lúcido,

Lembrando que a liberdade me levará longe,

Tentando criar definições além do humor ácido.

A celebração de paz é uma bandeira invisível,

Que não se adere ao posto de incoerência risível,

Soa utópico, mas pode ser carregada por quem quiser.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 09/02/2016
Código do texto: T5537822
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