LIBERDADE - IGUALDADE - FRATERNIDADE

A liberdade azul sobrevive só na dor

Torpor que se instala e dilacera sem

Construir um novo caminho do amor

Cerrar dentes sem ajuda de ninguém

Descobrindo no amor o vil adultério

Escondido sem uma suspeita original

Ser livre a partir de um só mistério

Ganhar asas de prazer cru sem igual

A branca igualdade assim prevalece

Ao arrastar o ódio nos sentimentos

Morte prematura de um ser sofrido

Apagado pela gula fria da vingança

Morto duas vezes sem ter morrido

No único ser que lhe deu esperança

A fraternidade é um vermelho

Que divide o atropelo de alguém

A profunda solidão sem conselho

Juiz do meu chorar sem o além

Mulher fraterna ao sentir o porém

Que oferece o olhar que faz silenciar

Amando sem a carne inteira a latejar

Num doce aconchego sem um vintém

Como a onda que persiste e resiste

Ao ilusório mar fraterno que não tem

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 30/01/2016
Reeditado em 02/02/2016
Código do texto: T5528424
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