Anatomia do teu ser, da tua alma. (1ª parte)
Foi num pretérito próximo,
A primeira vez que te vi...
Olhos selvagens tal como alcateia
Faminta planejando o por vir...
Sorriso inebriante, gotejando mistérios,
Buscando sub-repticiamente me atingir!
E, embora demonstrasse uma jovialidade pueril,
Percebia que possuías mil histórias que não cabiam ali...
E, como nos tempos de um grande reinado,
Sendo um estrategista nato! Conseguiste-me seduzir.
Que, também por ser selvagem, assemelhava-me a ti.
Sua cor me encantou, calejada do labor, misturou-se com a minha alvura,
Que entre beijos ardentes, apenas tendo a lua como testemunha,
Despisse e minha alma, e “minha anatomia” desejou ser para sempre sua.