Caçadores de Dragões

Os sinos dobram nas catedrais do medo

Quem está disposto a levantar a bandeira

Diabruras incutidas em castelos e vilarejos

Estas bestas aladas dispostas desde cedo

A trazer o caos através da vasta fogueira

No mau agouro tracejado por seus bafejos.

Suas asas calam crianças, velhos e adultos

Estão prontos para causar o pavor invulgar

Saem de estranhas lendas e mitos antigos

Nasceram de imemoriais e sagrados cultos

Dos mitos de criações do mundo a imaginar

Quais deles serão reais e irão nos castigar?

E quando o mal parece permear o planeta

Surgem seres humanos embebidos na ira

Prontos e dispostos em defender seus iguais

Ignoram a necessidade da fé ou de profeta

Pois os corações inflamam a verdadeira pira

Que acendem o ódio para os ataques finais.

As portas para o desconhecido se irrompem

Diante do devastador momento de destaque

Quem será aquele que triunfará na batalha?

Chagas e brasas que a pele nos corrompem

Um suspiro antipático do inimigo em ataque

E os olhares são trocados antes da mortalha.

As almas dançam na perspectiva da morte

Estão sincronizadas para devorar o nêmeses

Não há respiração suficiente para a rapidez

Força, defesa, vontade, loucura e a sorte

Aliadas a uma única meta baseada em tese:

Só vence aquele que tiver a maior avidez.

A espada deve penetrar a carapaça dura

Sem o prejuízo de nenhuma falha ofensiva

Pois estas bestas purificam o ser humano

O sangue abençoa e traz o poder de cura

Eles são o paradoxo da estranheza incisiva

Dragões: transitam entre o divino e profano.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 27/01/2016
Código do texto: T5524329
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