Caçadores de Dragões
Os sinos dobram nas catedrais do medo
Quem está disposto a levantar a bandeira
Diabruras incutidas em castelos e vilarejos
Estas bestas aladas dispostas desde cedo
A trazer o caos através da vasta fogueira
No mau agouro tracejado por seus bafejos.
Suas asas calam crianças, velhos e adultos
Estão prontos para causar o pavor invulgar
Saem de estranhas lendas e mitos antigos
Nasceram de imemoriais e sagrados cultos
Dos mitos de criações do mundo a imaginar
Quais deles serão reais e irão nos castigar?
E quando o mal parece permear o planeta
Surgem seres humanos embebidos na ira
Prontos e dispostos em defender seus iguais
Ignoram a necessidade da fé ou de profeta
Pois os corações inflamam a verdadeira pira
Que acendem o ódio para os ataques finais.
As portas para o desconhecido se irrompem
Diante do devastador momento de destaque
Quem será aquele que triunfará na batalha?
Chagas e brasas que a pele nos corrompem
Um suspiro antipático do inimigo em ataque
E os olhares são trocados antes da mortalha.
As almas dançam na perspectiva da morte
Estão sincronizadas para devorar o nêmeses
Não há respiração suficiente para a rapidez
Força, defesa, vontade, loucura e a sorte
Aliadas a uma única meta baseada em tese:
Só vence aquele que tiver a maior avidez.
A espada deve penetrar a carapaça dura
Sem o prejuízo de nenhuma falha ofensiva
Pois estas bestas purificam o ser humano
O sangue abençoa e traz o poder de cura
Eles são o paradoxo da estranheza incisiva
Dragões: transitam entre o divino e profano.