A Mudança dos Pólos
Do alto,
planalto do sol ditando o expoente.
Seres fluorescentes!
Sobreviventes da nau, pelos canhões, naufragada.
Quentes, obsoletos e calados!
Minguando, suam até morrer.
No poente, a poeira fria saliva raios de emboscadas.
Miada do fio e o pulo do gato
sondam as noites pardas e os seres inconscientes.
Aspectos de anjos
plainam no céu de uma tortuosa e rebelde miragem.
Colisões de atritos e detritos...
Confusas, fazem-se as paisagens.
Forasteiros da terra do fogo,
transeuntes vestidos de artificialidades.
É a maldade que assola qual insolente sol do deserto.
Arder de dor... Verso preso por entre os dentes.
A morte do mundo fictício
retém as almas retorcidas no ato de um silêncio agudo.
Niniz Voaglin