A Mudança dos Pólos

Do alto,

planalto do sol ditando o expoente.

Seres fluorescentes!

Sobreviventes da nau, pelos canhões, naufragada.

Quentes, obsoletos e calados!

Minguando, suam até morrer.

No poente, a poeira fria saliva raios de emboscadas.

Miada do fio e o pulo do gato

sondam as noites pardas e os seres inconscientes.

Aspectos de anjos

plainam no céu de uma tortuosa e rebelde miragem.

Colisões de atritos e detritos...

Confusas, fazem-se as paisagens.

Forasteiros da terra do fogo,

transeuntes vestidos de artificialidades.

É a maldade que assola qual insolente sol do deserto.

Arder de dor... Verso preso por entre os dentes.

A morte do mundo fictício

retém as almas retorcidas no ato de um silêncio agudo.

Niniz Voaglin

Niniz Voaglin
Enviado por Niniz Voaglin em 19/01/2016
Código do texto: T5516701
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