Sensorial!

Poesia...

A palavra saboreada a sós...

A sensualidade da alma... A falta de grilhões acalma

E a beleza em mim habita em forma da palavra escrita

Mas nem sempre dita...

Ao mastigar no secreto de minha boca

A palavra prazer

Quisera me chamar assim... Prazer!

E sentir a fluidez da minha identidade

Em bocas tantas...

Essência de algo coletivo e tão individualizado

Mesmo quando repartido num momento de espaço- tempo

Refletindo a Felicidade nos olhos!

Impossível de dividir...

Mas só cresce assim, dividido.

Paradoxal o prazer, assim quero ser!

Poesia é vida em mim

No limiar em que dois mais dois pode ser

Quatro e meio... Porque não?

Se na relação, não poucas vezes

Um ama mais que outro...

E continuam dois!

Poesia tem sentindo no observar

As nervuras das asas da abelha

Que podem produzir o doce

Mas ferroam veneno...

Como exemplo de dualidade dos sentimentos.

Poesia faço...

Quando contorno meu corpo com as mãos

Minhas ou não

E desperto a febre e o desejo

E dou-me ao prazer...

E o me-seu faço sentir... Num único e individual louco querer...

Que volta pra mim em ondas pelo teu-meu corpo ao assistir

O teu desfalecer dentro de mim... O meu a receber-te.

A soma de nossa paixão, tesão... não existe subtração

Prazer nunca se dividi...

Ele por si só se multiplica!

Poesia, prazer, talento do ser!

Poesia flui do meu ventre

Escorrendo como lava morna

Que nasce da ebulição do meu desejo por ti...

E se a beleza é o reflexo do verdadeiro

Minha verdade é amar, escrever e sonha!

Observadora
Enviado por Observadora em 16/01/2016
Reeditado em 10/02/2016
Código do texto: T5513447
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