INOCENTES E INÍQUOS

Noite de paixões perigosas e crimes perversos

Lábios e dentes manchados de rubro sangue

Luzes disformes

Inebriam os sentidos na madrugada insone

Línguas ferinas acariciam destilando veneno

Enquanto os amantes se embriagam na saliva

Beijos que matam

A praga da cobiça faz-se fantasma da guarda

Em olhos dilatados com veias inchadas

Aqui as espadas penetram na carne viva

É onde os frutos maduros se tornam gangrena

Teu hálito doce faz-se veneno

Oh! Fugi, pois, ó crianças, em disparada,

Pois onde não há final feliz para os inocentes

Não haverá qualquer resto de paz para os iníquos.