A Monalisa
Dentro de nós há dois caminhos
Pintado no quadro da Monalisa
Da Vinci retratou de um lado os espinhos
Do outro, a beleza que hipnotiza
O mundo é uma medusa, a dos cabelos de cobra
Faz o pobre mortal adormecer
Feliz daquele que não cai e acorda
Decifrando a linguagem do Ser
Qual dos caminhos escolherás?
Será possível voltar atrás?
Aqui e agora estamos a escolher
O caminho do viver ou morrer!
Sabe quem não sabe?
Aquele que não quer aprender
Mas para este já existe um caminho
Traçado está e está dado o parecer
Quem busca encontra
E quem não busca, fica sem ver
Buscar é uma afronta
Ao que te puxa para descer
Acorda, tu que dormes
Na pedra fria desta dimensão
Não saberás o bem enorme
Nem qual é teu galardão
Se permaneceres na escuridão
Se não te guiares pelo cetro
O caminho não é totalmente reto
Nem te livra da solidão
Abrem-se todos os dias
As portas da retratação
O ancião dos céus tem as honrarias
Para dois caminhos, uma decisão
O riso tão sereno nesta mulher
Também de Gioconda chamada
Pintura, arte, reflexo do que se quer
E para onde vai a tua alma amada
Amada esta alma pelo Elohim
Mesmo que não amada por quem a traz
Retorna boa ou ruim
Ele sabe quem recebe o mérito ou quem jaz
Tão rejeitada pintura
Esta mulher de Leonardo
Enigmática figura
Poucos vêem o que foi pintado
Quem chega aos pés desse gênio?
Da Vinci dá de mil em vários
Inteligência assim só em outro milênio
Pois, se nascerem, são casos raros!