A Monalisa

Dentro de nós há dois caminhos

Pintado no quadro da Monalisa

Da Vinci retratou de um lado os espinhos

Do outro, a beleza que hipnotiza

O mundo é uma medusa, a dos cabelos de cobra

Faz o pobre mortal adormecer

Feliz daquele que não cai e acorda

Decifrando a linguagem do Ser

Qual dos caminhos escolherás?

Será possível voltar atrás?

Aqui e agora estamos a escolher

O caminho do viver ou morrer!

Sabe quem não sabe?

Aquele que não quer aprender

Mas para este já existe um caminho

Traçado está e está dado o parecer

Quem busca encontra

E quem não busca, fica sem ver

Buscar é uma afronta

Ao que te puxa para descer

Acorda, tu que dormes

Na pedra fria desta dimensão

Não saberás o bem enorme

Nem qual é teu galardão

Se permaneceres na escuridão

Se não te guiares pelo cetro

O caminho não é totalmente reto

Nem te livra da solidão

Abrem-se todos os dias

As portas da retratação

O ancião dos céus tem as honrarias

Para dois caminhos, uma decisão

O riso tão sereno nesta mulher

Também de Gioconda chamada

Pintura, arte, reflexo do que se quer

E para onde vai a tua alma amada

Amada esta alma pelo Elohim

Mesmo que não amada por quem a traz

Retorna boa ou ruim

Ele sabe quem recebe o mérito ou quem jaz

Tão rejeitada pintura

Esta mulher de Leonardo

Enigmática figura

Poucos vêem o que foi pintado

Quem chega aos pés desse gênio?

Da Vinci dá de mil em vários

Inteligência assim só em outro milênio

Pois, se nascerem, são casos raros!

Rosilda Pessoa
Enviado por Rosilda Pessoa em 14/01/2016
Reeditado em 09/02/2016
Código do texto: T5510451
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