Nosso Jardim Secreto
Nas margens da infância uma saudosa lembrança de nós dois...
Daquele tempo em que pouco era tudo o que se podia fazer
Naquela triste tarde na última vez que fomos nos ver
E de saudade (na hora) nunca fui me despedir
Sabia que partiria cedo, mas pela noite fui me desiludir
A tua falta era tanta que me pus a contar
E no meio da noite uma carta deveria mandar
Onde pus sentimentos que tentei suprimir
Da importância de sua presença e de não poder dormir
Entre paredes e prantos, a tal carta nunca mandei...
“Amanhã também não me despedirei”
Fui um tolo, confesso que errei...
E agora depois de tanto, somente a lembrança restou
Daquilo que poderia ter feito, mas o orgulho não deixou
Não te vejo fazem anos e o tempo nunca passou
A carta junta poeira num canto, ninguém nunca tocou.
O que restou daquela época um nó atou
Na mesma noite... minha vida terminou
A culpa não é sua, isto é verdade eu lhe confesso...
Mas venha um dia me encontrar no nosso jardim secreto.