A Sacerdotisa
Quisera eu ser uma sacerdotisa
Para florir os caminhos do amado
Para na dor estar ao seu lado
Tão pouco sou a que profetiza
Desde que Eva em mim agoniza
O conhecimento ficou velado
Somente um sopro sagrado
Pra derrubar a serpente que hipnotiza
Quisera eu saber o que se idealiza
Entrar no futuro e no passado
Não ser um vaso quebrado
Ver a fonte que nos eterniza
Talvez se eu soubesse o que fertiliza
O lótus da alma, não havia estagnado
Um caminho não terminado
Isso me martiriza
Se me perco no olhar que suaviza
Se os sonhos estão abraçados
Encontro com os joelhos dobrados
O segundo arcano – A Papisa
Quisera eu ser sua sacerdotisa
Do puro saber teria estudado
Do lugar mais estrelado
Traria o mar e a sua brisa
Dou a música de que precisa
O amor tenho espalhado
O coração foi desvendado
Sou a mulher que se realiza