A noite (...)
[...]
A noite vem
pinga a lua dentro da penumba
e junto ao seu manto
traz a letargia ...
A noite embala e às vezes sonha ;
outras é negrume no fim da estrada.
A noite tece os rios e pinta os mares
num brilho sinistro e fulgurante.
Depois alça o seu voo
e esmorece em alguma cama
num afago ; num rito ; no instinto ... ;
deita-se então sombria e maliciosa
- fetiche da palidez que geme ;
na tepidez arfante de um beijo;
na síncope de suas asas (...)
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Hindi Zahra - Kiss & thrills