TORPE ESSÊNCIA

Para onde vais humanidade?

Que caminhos escolheste?

Terás perdido a validade?

Ou simplesmente desvaneceste?

Porque ignoras;

O trinar dos pássaros;

E o choro das crianças?

Se a verdade mora nos seus ruídos...

Progredir a passos largos;

Parece digno de um ser superior;

Mas quem dita se são vitórias ou embargos;

São os deuses com o seu fulgor...

Por virtude rezar terá sentido?

Para a cura de algo, nem mais;

Ou se me sentir perdido;

Mas para contrariar a natureza jamais...

O dito pelo não dito;

Típica vida blasfema do humano;

Onde conta mais o próprio veredito;

Que um coração sano...

Ai humanidade!

Terás ainda solução?

Em ti ainda mora alguma dignidade?

Ou jaz pura indignação?

Vulcões e meteoritos;

Tempestades megalómanas;

Uma panóplia de acontecimentos;

Que nos assoberbam as vidas...

Mas possuem uma nobre incumbência;

O ensino da retidão;

E da austera clarividência;

Nos sustentando assim a união...