Soneto do Vandalismo
Respira o ar paradisíaco deste afeto
afetado desde os tempos imemoriais
Sentiu amor numa barra de concreto
agressão: âmbar das almas clericais.
As pilastras feitas de história e areia
dizem o processo que é feito a peleja
Ódio, repressão e a anarquia na veia
untados com vodca, uísque ou cerveja.
Mesmo ao envelhecer a ira é sândalo
Na artéria de cada indivíduo vândalo
Ilustração e retratação de auras tensas.
Na essência, um verbo: escandalizar
A ideia é sempre a mesma: radicalizar
A maturidade transformada em ofensas.