A CANÇÃO DO VENTO

Por um caminho estranho,
Divago... acompanho,
A enigmática canção do vento.

As nuvens baixas cobrem a paisagem,
Cobrem também, a minha imagem,
Tudo e nada se igualam no tom cinzento.

Na eternidade de cada instante,
Eu; um errante caminhante,
Me exponho, transponho sentimentos.

Que se espalham com a bruma,
Com a alma que se avoluma,
Faz da canção eólica, um rebento.

Entre as nuvens e o vento, pensamentos idos,
Embora pareça, não me sinto perdido,
Dou vazão à poesia, faço dela o meu sustento.