CRIVO POÉTICO

Porque me escolheste poesia?

Fiz frente ao teu planalto?

Nem sempre me abunda a sabedoria;

Por vezes surge de assalto...

Conheço poetas analfabetos;

Seres sensíveis que interpretam o mundo;

E energúmenos estudados;

Que não deveriam falar nem um segundo...

Olá vitória secreta dos meus quelhos;

Em boa hora me serviste;

De fuga aos sinuosos eventos;

Para que apurasse o dandismo que me assiste...

Claro está;

Que séria é a minha intenção;

Para com quem comigo errará;

Pois o pretensiosismo não é a minha devoção...

Concreto não terei sido;

Tão pouco esclarecedor;

As minhas palavras são apenas o caminho;

Para um lugar enternecedor...

Regatas de sensações aprisionadas;

Esplêndidas oportunidades para criar;

Com a poesia na frente das bestas;

É inevitável sonhar...