MEU SOL POENTE

Saí por uma rua sem nome

Fome do passado que não vi

No peito essa certeza enorme

De me olhar sem a vida que ri

Quis passar pela dura provação

Do ser sozinho e acompanhado

No dom e na imagem da razão

Ter-me a mim como um cajado

Desapegado inteiro conformado

Liberto das asas em que morri

Hoje sinto o que foi renovado

Ao passado dedico o presente

Que escorre limpo pelas veias

Sereias de um mar consciente

Que me trazem para as ideias

O sol nas ondas desse poente

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 15/12/2015
Código do texto: T5481090
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