MEU SOL POENTE
Saí por uma rua sem nome
Fome do passado que não vi
No peito essa certeza enorme
De me olhar sem a vida que ri
Quis passar pela dura provação
Do ser sozinho e acompanhado
No dom e na imagem da razão
Ter-me a mim como um cajado
Desapegado inteiro conformado
Liberto das asas em que morri
Hoje sinto o que foi renovado
Ao passado dedico o presente
Que escorre limpo pelas veias
Sereias de um mar consciente
Que me trazem para as ideias
O sol nas ondas desse poente