NADA É POR ACASO



Quem ainda, uma vez na vida, não esteve em algum lugar
Pela primeira vez achando com certeza, que aquela
Não teria sido a sua primeira?

Assim também, acontece com algumas pessoas
De repente nos deparamos com uma, e ao olhar
Apertar as mãos, sentimos que há muito
Já a conhecemos.

Na maioria das vezes, deixamos o sentimento
Passar batido, em raríssimas ocasiões, atentamos
Para o que está realmente ocorrendo.

Digo com toda certeza de minha alma
Conheci alguém, que já havia convivido
Em outros tempos, quem sabe
Até em outras dimensões.

Foi tanta alegria tanta sintonia que seria
Impossível ter nos conhecidos
Somente naquele dia.

Quanta felicidade no primeiro abraço
No calor do afago, e nos beijos que nos demos!

Quando brigamos pela primeira vez, um procurou
Entender o outro. Aparamos arestas, consertamos
Os desacertos, como quem já tivesse feito isso
Muitas e muitas outras vezes antes...

Não sabia onde nem sabia quando.
Não sabia se fomos namorados, irmãos
Amantes, mas isso, não importava tanto
Quanto a felicidade que sentíamos, no exato
Instante daquele nosso reencontro.

Uma estrada bonita, meio a uma e outra briga
Aquela flor amarela, parecia estar esperando
À hora certa, para ser ofertada enfeitando
Os seus cabelos com carinho.

Nada aconteceu por acaso! Decerto que, por algum
Motivo houve mesmo, por parte do destino
Imenso atraso em colocar nós dois
Frente a frente outra vez.
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 15/12/2015
Reeditado em 15/12/2015
Código do texto: T5480765
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