Artéria de Spinoza

Jazem as alegorias judaicas do humano

neste majestoso firmamento estrelado

Cada morte morre de temor mundano

Ante ao fluxo de luz lunar embriagado.

Do espaço, do perdimento e da certeza

a mente compadece diante do negrume

Talhado de substância de si: sua proeza!

Estóico em que a razão não era o cume!

A beatitude não era o motivo da fama

Nem dos sonhos ou do pesar do drama

Sequer a falsa eternidade dos astros!

A metáfora livre da clausura mitológica

Realismos cristalizados na aura filosófica

Que panteístas sorveriam destes lastros!

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 25/11/2015
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