Artéria de Spinoza
Jazem as alegorias judaicas do humano
neste majestoso firmamento estrelado
Cada morte morre de temor mundano
Ante ao fluxo de luz lunar embriagado.
Do espaço, do perdimento e da certeza
a mente compadece diante do negrume
Talhado de substância de si: sua proeza!
Estóico em que a razão não era o cume!
A beatitude não era o motivo da fama
Nem dos sonhos ou do pesar do drama
Sequer a falsa eternidade dos astros!
A metáfora livre da clausura mitológica
Realismos cristalizados na aura filosófica
Que panteístas sorveriam destes lastros!