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POR AÍ...

O lúdico menino que existe em mim,
Ignorou os limites do eu maculado, adulto,
Apoderou-se da palavra sim.
Fluiu, saiu por aí... sem rumo, resoluto,

Coadunou nos acordes da cançoneta,
Transmutou, se poetizou, inventou nuance
Entrou na dança das borboletas.

Polinizou sonhos, projetou o olhar encantado,
Deixou o homem que sou - renovado.

Aprovado para ascender, dizer para alma:- avance...

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VAI!

Vai em frente,
sei que és homem valente,
não temes o amanhã,
persistente em teu afã
de devassar os espaços,
esquecido do cansaço.
O que será tu procuras,
nessa ingente aventura
encantada que perdura
anos e anos, sem danos,
porque, sei, és persistente.
Vai em frente,
olhando as borboletas
amarelas, pintas pretas,
que esvoaçam distraídas,
alheias à própria vida
que passa,
repassa com graça,
e de repente... se esfumaça.
(HLuna)