Sem Expressão

Uma certa abstinência de prazer que incomoda,

Sento-me, cansado de ouvir o que os outros querem dizer.

A mim reclamam o falhanço que é viver.

Abri os olhos!

O que vêem é tudo o que tenho para mostrar.

Este silêncio sabe que eu preciso dele,

Esta pausa é tão grande como a morte.

Sorte!

Vem a mim, seu rosto sem expressão!

Hei-de ser eu a pôr-te um falso sorriso na cara,

E tu o sustentas sempre que me vês.

Ezequiel Valadas
Enviado por Ezequiel Valadas em 09/11/2015
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