Elipses
Me falaram um dia
Entre a tempestade
Numa nevoa fria
Que a realidade
Gélida em vaidade
Pede a alforria
Das estrelas cadentes
Sem pesares
Leves e inconsistentes
A viajar pelos ares
Das dolências instigantes
Nos tempos atordoante
Acordoados pelo invisível
Entre elipses não vistas
No céu imprevisível
Imprensando as pistas
Dos boulevards
Essas loucuras à toa
De avant gardes
Que do infinito ecoa
Um tom díspar
Evidência que destoa
Nos mares
Das lacunas e dos penares.