NO ÔNIBUS ( In Memoriam )

Sempre que despeço-me,

Despedaço-me.

Nos espaços ficam vácuos;

Como tenho que partir

Há um parto, um grito ecoado, um ardor.

Lubrificam a ida

Lágrimas presas na janela

Fechada agora, pois chove.

Os verbos flexionam e geram

Os adjetivos substantivos;

Trabalhar, Morar, viver

Está na hora!

Andor retorno, remodelado,

Passe de mágica alegria

Vem pela via.

Surpresa! encontro envergado

As faces que ao menino enfeitiça.

- Refletiu na terra,

Terra em meus olhos,

A passeata

Que vocês fizeram aí no céu!

Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 01/11/2015
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