Giordano Bruno
GIORDANO BRUNO
Uma bola de fogo invadiu o espaço aéreo,
por trás da cortina de fumaça,
vislumbrou-se uma figura esquálida.
Era o homem em sua face de dor e miséria,
andrajos e cara de fera.
Do torpor da multidão atônita,
de olhar estupefato e torpe,
nasceu um pavor sem nome, sem espera.
Tudo, num momento, fez-se caos
e batiam-se cara a cara,
o medo e a covardia dos feito máscaras
de concreto e fúria.
Onde andaria Giordano Bruno nesta hora?
Deitado em berço esplêndido,
o poderoso esvaia-se em desculpas pela mentira
e frente ao estupor pela violência incontida das massas
gritou:” esperem, tudo foi um engano, eu nunca prometi clemência!”
Na fogueira da Inquisição,
queimava Giordano Bruno neste instante,
envolto em magia e mistério.
Ele não teve escolha!
“Eles sofrerão mais do que eu por seus atos”,
foram suas últimas palavras, apóstata da hipocrisia.