Teoria poética da criação
E deus tirou do nada a energia,
e fez surgir da treva a luz dia,
e forjou, na argila, a criação.
Sem saber bem ao certo o que fazia,
produziu um aumento de entropia,
até se dar início a explosão.
E deus obrou, do átomo, Adão
e pôs o universo em expansão
no vácuo que pariu a existência.
Ao longe, o retumbar de um trovão
anunciou a terra em formação,
na página proscrita da ciência.
E deus, na sua santa onipotência,
curvou-se à criação em reverência
aos dotes divinais da humanidade.
Anos luzes depois, sem paciência,
transferiu pro acaso a incumbência
de obrar o universo de verdade.
Só quem forjou na brisa a tempestade,
pode entender, da vida, a essência.
E deus tirou do nada a energia,
e fez surgir da treva a luz dia,
e forjou, na argila, a criação.
Sem saber bem ao certo o que fazia,
produziu um aumento de entropia,
até se dar início a explosão.
E deus obrou, do átomo, Adão
e pôs o universo em expansão
no vácuo que pariu a existência.
Ao longe, o retumbar de um trovão
anunciou a terra em formação,
na página proscrita da ciência.
E deus, na sua santa onipotência,
curvou-se à criação em reverência
aos dotes divinais da humanidade.
Anos luzes depois, sem paciência,
transferiu pro acaso a incumbência
de obrar o universo de verdade.
Só quem forjou na brisa a tempestade,
pode entender, da vida, a essência.