Silêncio
SILÊNCIO
o olhar vagueia
corre, para lá e para cá
um piscar lento, um pestanejar
as mãos tocam-se em prece
correm os cabelos, sem pensar
um leve toque, um esperar
o corpo se espreguiça
o pensamento distante
é só um vislumbre, um espreitar
os pássaros longe, longe a palrear
o sol cai, aos poucos
as sombras mudam de lugar
o som esvai-se
o sax canta
etéreo, livre, sempre um inebriar.