Caminho de volta, pra dentro.
Essa casa é tão grande
que nossos olhos
desencontram.
Perambulando coisa em coisa
abro portas, maçanetas
lavo trapos velhos, desgastados
mas meu toque não te alcança.
Os dedos curtos
desconhecem a dança,
o êxtase do prazer.
Deslizo pelo visgo invisível
das paredes brancas, dou afeto e carinho
para as plantas, tão sábias
necessitam pouco para vicejar.
Um sutil afago às alegra!
Abençoada seja sua entrega
e podermos dar-lhe o Amor.
Sagrada Flora Eterna,
ensina-me a dançar a música
da criação interior.