Concurso de poesias- III Feira Municipal do livro- 03/10/2009
Olhos fechados.
Tempo esgotado.
Encontro marcado.
A resposta chegou.
Nó na garganta,
Coração apertado
Pressenti o silêncio no minuto que passou.
Resquícios da esperança que não me abandonou,
permanecem à espera de um sinal...
Foi quando ao soar o toque da meia-noite
Senti-me em Teus braços e,
no instante do abraço, comigo chorou.
Lágrimas que se unem
por um alguém que não chegou
alguém que sabia o caminho, mas
se perdeu no tempo, por algum motivo não voltou.
Lágrimas incessantes, fluem com o orvalho da madrugada...
O inverno prestes a virar-me as costas, rigoroso estremece
querendo meu amor rapinar.
O vento sopra...
em meio a dor, este amor que por ti chora,
apega-se à minh'alma, não quer me deixar.
No meu peito, sinto-o penetrando seus espinhos, fazendo meu corpo suar... gotas de sangue.
O mórbido frio, ronda meus sentimentos, prestes a congelar fico gemendo.
Entre o suspiro e o pranto, suplico: "Dê-lhe outra chance!"... Restitui.
Quase sem forças, desfaleço ainda no Teu abraço, tendo como testemunha o luar.
Sob Teu olhar tão terno deixas-te a esperança com uma flâmula me acalentar e, diante de mim colocaste teus anjos para velar.
Ao despertar, senti Tua brisa e de joelhos me pus a orar.
Levaste embora a melancolia, firmaste minha fé no recomeçar.
Entre o brilho da lua e o nascer do sol, recebi um presente sem igual
trouxeram-me a "Aurora Boreal", minha magia musical.
Inerte, tive a certeza do sobrenatural.
Meu coração ao pulsar, voltou a compor no compasso uma linda canção que me leva a louvar.
Ao restaurar o que outrora vejo, então creio a distância não mais poderá nos separar.
Amor verdadeiro, pelo qual tanto zelo, não cabe a mim tal decisão.
A vontade de Deus é o que eu espero, mas confesso:
Ele te encontrou em meu coração.