PLENITUDE

O plenilúnio derramando,
Absoluta intensidade,
Espelhando o lençol do mar,
Transfixando o olhar.
O plenilúnio me transmutando,
Me deixando fora de mim,
Me possibilitando o sim,
Voo Pégaso no espaço sem fim...
Nessa nova identidade,
Já não me sinto errante,
Da realidade me descubro,
Invisto, me permito realçar.
E um poema explode rubro,
Se oferece à nudez da lua,
Com a plenitude desse instante,
Minha alma compactua,
Cultua o satélite provocante,
Se apraz, se faz seu amante.