Por que eu canto
Eu canto como penitência,
canto só o que me perturba.
Não canto à paz ou à inocência,
canto àquilo que turva.
Eu canto a violência,
eu canto o desamor,
não canto sobre a beleza
e nem sobre o aroma da flor.
Não acho que tenha decência,
continuar cantando à dor,
cantarei somente à evidência
do quão grande é o amor.
06 de dezembro de 2012