Por que eu canto

Eu canto como penitência,

canto só o que me perturba.

Não canto à paz ou à inocência,

canto àquilo que turva.

Eu canto a violência,

eu canto o desamor,

não canto sobre a beleza

e nem sobre o aroma da flor.

Não acho que tenha decência,

continuar cantando à dor,

cantarei somente à evidência

do quão grande é o amor.

06 de dezembro de 2012

Fênix Canora
Enviado por Fênix Canora em 08/09/2015
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